quinta-feira, 19 de julho de 2007

África do Sul - Joanesburgo
Joanesburgo é a maior cidade da África do Sul e a quarta maior do continente africano. Beneficiando de uma projecção mundial superior à da própria capital, Pretória, foi fundada nos finais do séc:XIX, na sequência da corrida ao ouro.
1900 - Mina de ouro De Beers (Cecil Rhodes foi um dos seus fundadores)
É circundada pela cadeia de colinas de “Witwatersand”, ricas em minerais, o que potenciou a sua exploração mineira, transformando a cidade num dos maiores centros de ouro e diamantes do mundo. Joanesburgo é igualmente o maior centro industrial e financeiro do país, com uma das 40 maiores áreas metropolitanas do mundo, com cerca de 1700 Km2, ascendendo o seu número de habitantes a 8 milhões. A cidade reclama igualmente a sua fama pelo período anterior a 1994, a era“apartheid”.
Cidade satélite do Soweto
Um dos seus subúrbios, com características de uma imensa favela, a famosa cidade do “Soweto”, ficou conhecida como um foco de resistência anti-racista, sendo palco de tumultos violentos, entre manifestantes e a polícia sul-africana, dos quais destaca-se a manifestação pacifista de 10.000 estudantes que protestavam pela igualdade de condições no ensino. A carga policial utilizada para a reprimir, excessiva e desproporcionada, gerou o famoso “massacre de Soweto”, com vítimas contabilizadas.
Joanesburgo - vista aérea
Joanesburgo é hoje um grande centro cultural e desportivo, sendo aguardada, com grande expectativa, a realização do Campeonato do Mundo de Futebol, em 2010. Para o evento, a cidade tem sofrido alterações significativas, nomeadamente, nas suas infra-estruturas, bem como na reflorestação da zona sul, identificada como uma selva de betão armado, árida, sem qualquer preocupação estética ou paisagística, tendo já sido plantadas mais de 200.000 árvores. Contudo, Joanesburgo é igualmente conhecida por apresentar um dos maiores índices de criminalidade do mundo. Comparativamente a outros grandes centros cosmopolitas, a insegurança que a cidade emana é inibidora de qualquer tentativa mais intimista de a conhecermos pelos próprios meios, sendo aconselhável deslocarmo-nos de táxi, com motorista devidamente credenciado. Os hotéis, mais afastados do aeroporto, estão rodeados de muros de mais de 5m de altura, emoldurados no topo com arame farpado. Os portões são electrificados, sendo em tudo semelhante a um estabelecimento prisional, não faltando, naturalmente, seguranças armados. A imagem de insegurança, que a cidade nos transmitiu, poderá ter sido potenciada pelo pouco tempo que dispusemos para a visitar, bem como pelas repetidas advertências do motorista que nos acompanhou.

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