quarta-feira, 18 de julho de 2007

Regresso a Joanesburgo
Ponte sobre o Zambeze
Fazemos novamente o caminho inverso até ao aeroporto, na outra margem do rio, na Zâmbia. De relance, ainda conseguimos ver as Cataratas pela última vez. Deixamos para trás um país com a convicção que a pequena parcela que tivemos o privilégio de visitar não é representativa da gravidade de um todo, com o qual somos diariamente confrontados na imprensa:
fronteira Zimbabwe-Zâmbia
uma hiper-inflacção, uma paralisia económica grave, a fuga permanente de nacionais para os países limítrofes – estimada já em mais de 5 milhões de pessoas -, as ajudas alimentares de emergência, a escassez de bens de primeira necessidade, o contraste abissal entre as classes dirigentes, que continuam a enriquecer, e o povo que se arrasta transportando a cruz diaria da sobrevivência. Contudo, fica-nos na memória um povo carinhoso e motivado, com esperança de melhores dias, e claro, um país fantástico, com um potencial económico extraordinário. Como diz o poeta: "Diz-se que há sempre uma hipótese. É assim que o sistema funciona. Mas para onde foge o tempo?" (Vítor Nogueira). Fotogr 2: CRV
E a alma do Zimbabue também canta poemas:
FIRE! A flicker of blue, a flash of gold, The windward warm, the leeward cold. A tongue arises from an arboreal mouth, Its hazy, acrid breath makes its journey south. The rusty snare lays waiting, burning, For a crisp rich bough the vice is yearning. Through woodland, undergrowth and brush The kiss of death licks what was once lush. A serpentine sliver creeps through the air With a serpentine body and a serpentine stare A sultry smog is lifting, The cause is slowly crackling, A rotten branch is falling, The angry beast is roaring! It leaps, it snatches, An old oak catches. Another victim turns to flame, The bronze tank turns the way it came. And when all about it turns to earth, It whispers, wanders,waits for rebirth: The only thing it can't control, Is when at last for heart and soul, There is no more to feed on. The land is scarred. And all that's left are ashes, Wispy and charred Jack Jarvis Trew - Poeta Zimbabueano

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