
Do meu lado direito, a praia do Bessa. Um extenso areal que sobe até à avenida marginal, rematado por uma larga calçada empedrada cujo movimento, a certas horas do dia, chega a ser intenso. Aqui encontram-se dezenas de cafés e quiosques de pequeno comércio e, entre as corridas de jogging, o chôpes nas esplanadas, o marisco nos restaurantes e as caminhadas dengosas ao longo da praia, os naturais da cidade vivem num compasso lento e despreocupado onde a pressa é inimiga da qualidade de vida. Mais para o interior da cidade vive-se um ambiente de tranquilidade que a destaca das outras cidades brasileiras por onde passámos.
Atravessada por 12 rios, João Pessoa tem um clima ameno, intertropical, onde predominam as ruas limpas e arborizadas, extensos jardins e parques naturais, zonas históricas, museus e bairros barrocos com casas de madeira pintadas com cores garridas. João Pessoa cultiva o esbatimento dos contrastes sociais, erradicando o surgimento de favelas, apoiando os mais desfavorecidos, dando casa e parcelas de terreno aos sem-terra. Por todas estas razões apresenta um dos índices mais baixos de criminalidade do Brasil. Considerada, durante a ECO-92, como a segunda cidade mais verde do mundo, (apenas ultrapassada por Paris) é opinião comum que aqui se reúnem todas as condições para se poder afirmar que João Pessoa estará entre as cinco cidades com melhor qualidade de vida do Brasil. Fundada por portugueses, nas margens do Rio Sanhauá, em 1585, inicialmente foi chamada de Nossa Senhora das Neves, mas viria, no século passado, a ser denominada como “João Pessoa” em homenagem ao presidente do Estado do Paraíba assassinado, em 1930, na cidade do Recife. (continua)

Fotogr Aérea e zona histórica - UNK
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