CRV© Tibau do Sul |
Acordei com o desassossego dos saguins. Com o nascer do dia, vêm em bandos até à pousada, atraídos pelos cheiros das frutas e dos sumos. Correm pelos telhados dos bungalows em direcção ao palanque dos pequenos almoços onde, invariavelmente, lhes espera uns petiscos oferecidos pelos turistas rendidos aos malabarismos e às correrias em torno das traves do tecto.
Deixamos na tarde anterior Carapibús, no Paraíba, e regressamos ao Rio Grande do Norte para nos instalarmos em Tibau do Sul, uma pequena povoação a 9 Km da vila de Pipa. É a segunda vez que voltamos aqui. Regressámos pela tranquilidade, pelas paisagens e porque preferimos sempre o sossego de uma pousada longe da agitação de Pipa, que é uma vila sedutora, para um passeio à noite ou um jantar à luz das velas, mas acaba por se identificar com os centros turísticos com o movimento, as lojas, as compras e a folia que queremos tanto evitar.
Por entre as cortinas, os primeiros raios de sol rompem com uma intensidade luminosa que enche o quarto por completo. Lá fora, o resfolhar dos troncos das árvores prende-se com a algazarra dos saguins que entram em competição com bandos de pássaros que chegam aqui igualmente atraídos pelas migalhas que podem roubar no café da manhã. Fico a observa-los da janela. Sem me mexer, para não os assustar.
Os jardins que nos rodeiam são de um verde intenso que convidam ao repouso, seja relaxados numa rede suspensa ou simplesmente a escrever um poema sobre as sensações deste lugar. Os bungalows encontram-se estrategicamente camuflados no verde da paisagem. Localizados numa área densamente arborizada, a distribuição é generosa, proporcionando a privacidade desejada em torno de cada um.
CRV© Tibau do Sul |
No centro do resort, uma piscina e um bar, onde se servem caipirinhas doces e cervejas geladas, muito para lá do por do sol.
Noites tranquilas. Refúgios luminosos. Grandes apologias.
Noites tranquilas. Refúgios luminosos. Grandes apologias.
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